quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

DISCURSO DE CLEBER VERDE A FAVOR DA PEC 300 EM 11/02 EM PLENÁRIO


SEGURANÇA PÚBLICA

Quando falamos em PEC 300, costumamos nos referir aos aspectos práticos, às questões burocráticas. Não podemos nos esquecer, no entanto, de observarmos a Constituição Federal, que trata de SEGURANÇA COMO DIREITO FUNDAMENTAL, O PRINCÍPIO REPUBLICANO E A EXIGÊNCIA DE UNIVERSALIZAÇÃO.

A constitucionalização traz importantes conseqüências para a legitimação da atuação estatal na formulação e na execução de políticas de segurança pública.

As leis sobre segurança, nos três planos federativos de governo, devem estar em conformidade com a Constituição Federal, assim como as respectivas estruturas administrativas e as próprias ações concretas das autoridades policiais. Não podemos também nos esquecer do tratamento igualitário aos policiais, que hoje recebem salários diferentes em cada Estado da Federação.

Devem ser especialmente observados os princípios constitucionais fundamentais – a república, a democracia, o estado de direito, a cidadania, a dignidade da pessoa humana –, bem como os direitos fundamentais – a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança.

O art. 144 assim prescreve:

Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.


Temos que desenvolver políticas que façam cumprir o estabelecido na Constituição, comprometendo-nos com a construção de uma república de cidadãos livres e iguais e com a promoção da dignidade da pessoa humana.

A segurança pública é um serviço público que deve ser universalizado de maneira igual. Resultar dos princípios fundamentais e é a compreensão extraída do fato de o caput do art. 144 afirmar que a segurança pública é “dever do estado” e “direito de todos”. Preservar a “ordem pública” e a “incolumidade das pessoas e do patrimônio” é a função primordial que justifica a própria instituição do poder estatal.

O art. 5º da Constituição Federal, em seu caput, eleva a segurança à condição de direito fundamental. Como os demais, tal direito deve ser universalizado de maneira igual: não pode deixar de ser prestado à parcela mais pobre da população, ou prestado de modo seletivo. Além de ser decorrência da titularidade veiculada no caput do art. 144, a exigência da universalização igual da segurança pública, da não seletividade, decorre ainda do princípio republicano. Em uma república, o Estado é res pública, coisa pública. Por isso, a Administração, em que se incluem os órgãos policiais, deve tratar a todos os administrados com impessoalidade, de maneira objetiva e imparcial.

O administrador não pode conceder benefícios ou onerar os administrados tendo em vista seus preconceitos e preferências; não pode estabelecer distinções que adotem como critério a classe social, a cor da pele ou o local de moradia (CF, art. 3º, IV). O programa constitucional nos impõe a superação da tendência atual de se conceber parte da população como a que merece proteção – as classes médias e altas – e parte como a que deve ser reprimida – os excluídos, os negros, os habitantes das favelas.

Um conceito de segurança pública adequado à Constituição de 1988 é um conceito que se harmonize com o princípio democrático, com os direitos fundamentais e com a dignidade da pessoa humana. Apenas as políticas de segurança pública, alicerçadas em concepções democráticas comprometidas com a observância efetiva desses princípios, são compatíveis com a Constituição Federal.
A Carta Magna caracteriza a segurança pública como “direito e responsabilidade de todos”.
Mas como falar em dignidade da pessoa humana sem pensar também nos policiais? Como almejar uma polícia eficiente sem a contra-prestação merecida por parte do Estado, que possibilite aos policiais (de qualquer esfera) condições de vida com dignidade, segurança, para si e para sua família?

Conforme já falado, a Constituição estabelece a construção de uma república de cidadãos livres e iguais e com a promoção da dignidade da pessoa humana.

“Cidadãos livres e iguais”...... Como se justifica salários tão desiguais, dentro da mesma nação, que tem uma só Constituição Federal?

Da mesma forma que a administração não pode tratar as pessoas de maneira desigual, estabelecendo distinções que adotem como critério a classe social, a cor da pele ou o local de moradia, não podem os policiais, dentro de uma mesma nação, que exercem as mesmas atividades, correm os mesmos riscos, enfrentam as mesmas dificuldades, receberem salários desiguais.
Atualmente, encontramos no serviço de segurança privada, quase que o triplo do contingente policial existente no país, mostrando claramente a ausência dos poderes públicos constituídos na resolução dos problemas. Há desinteresse em exercer a função pública, em razão dos baixos salários, procurando, muitos destes profissionais, as empresas de segurança privada.
Convém ressaltar que muitas vezes, em virtude da ausência de políticas de segurança municipais, integradas às demais ações dos organismos de segurança estadual e federal, surgem, em determinadas regiões, crises que acabam tomando proporções assustadoras. As grandes cidades brasileiras, há alguns anos, estão sendo veiculadas na mídia nacional e internacional como cidades tomadas pelo crime, onde a população tornou-se refém do criminoso em suas próprias residências.
Esta realidade precisa mudar. O país já está sendo reconhecido no exterior, por sua economia estável, pelas reservas de petróleo, e não é possível que uma discrepância desta magnitude continue a assombrar a vida dos brasileiros e dos policiais.
Os policiais civis também necessitam de condições de trabalho e remuneração dignas, pois enfrentam os mesmos problemas que os policiais militares do restante do país, onde lidam diariamente com o tráfico de drogas e de armas, e outros crimes.

Somo-me a inúmeros colegas parlamentares, requerendo a definição da pauta que trará o assunto ao Plenário, para ver a PEC 300 aprovada.

O presidente da Câmara estuda a possibilidade de colocar em votação a PEC 446/09, do Senado, que também prevê a criação de um piso salarial nacional para policiais civis, militares e bombeiros militares.

Temer reafirma apoio à votação do piso nacional para policiais - Cleber Verde apoia PEC 300



Temer reafirma apoio à votação do piso nacional para policiais
Após reunião nesta tarde com o presidente da Câmara, o deputado Paes de Lira (PTC-SP) afirmou que Michel Temer reiterou a intenção de colocar logo em votação no Plenário a PEC 300/08, que cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares.
Segundo Lira, Temer ressalvou que é preciso apenas definir detalhes técnicos antes de levar a proposta ao Plenário. Paes de Lira espera que ela seja votada até março.
O presidente da Câmara estuda a possibilidade de colocar em votação a PEC 446/09, do Senado, que também prevê a criação de um piso salarial nacional para policiais civis, militares e bombeiros militares. A proposta transforma os salários dessas três categorias em subsídios e estabelece que o piso será fixado em lei federal.
Na semana passada, Temer afirmou que a opção pelo texto já aprovado pelo Senado vai agilizar a aprovação da mudança constitucional, já que, somente em caso de eventuais mudanças feitas pelos deputados, a proposta retornaria ao Senado. Temer disse que sua intenção é analisar as duas propostas conjuntamente para acelerar a análise.
Policiais e bombeiros também participaram do encontro.
Fonte: Ag. Câmara

PEC de autoria do Dep. Cleber Verde inclui garimpeiros e pequenos mineradores na Seguridade Social



PEC inclui garimpeiros e pequenos mineradores na Seguridade Social



Cleber Verde aponta equívoco na exclusão de garimpeiros.
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição 405/09, do deputado Cleber Verde (PRB-MA), que inclui garimpeiros e pequenos mineradores no Regime Geral da Previdência Social, ao lado de agricultores familiares, parceiros, meeiros e pescadores artesanais.
Para ter direito ao benefício, eles devem exercer suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, além de contribuir para a seguridade social com 2,1% sobre o resultado da comercialização da produção.
A inclusão na seguridade social dá aos garimperios e pequenos mineradores os seguintes direitos: - recebimento de benefícios (como aposentadoria) no valor de um salário mínimo, independentemente de ter ou não produção comercializada;- recebimento de benefícios decorrentes de acidentes do trabalho;- redução de cinco anos no limite de idade para a aposentadoria por idade (60 anos, se homem; e 55, se mulher); e- opção pelo enquadramento como segurado facultativo, contribuindo individualmente, tal como os contribuintes individuais, para fazer jus a maior número de benefícios e a rendas mensais de valores maiselevados.
Reparar equívocoO autor explica que a redação original da Constituição de 1988 garantia os benefícios previdenciários para o garimpeiro e o pequeno minerador, mas esse enquadramento foi retirado.
"Precisamos reparar um equívoco e restaurar o respeito que a sociedade lhes deve", disse o deputado.Tramitação A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade. Se aprovada, será analisada por uma comissão especial a ser criada especificamente para esse fim. Depois, seguirá para o Plenário, onde precisará ser votada em dois turnos.
Íntegra da proposta:
PEC-405/2009

Fonte agência Câmara.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Plenário aprovou alterações na Lei Pelé que aumenta o repasse de recursos para os clubes formadores de atletas



Deputados aprovam mudanças na Lei Pelé

O deputado José Rocha foi o relator do texto aprovado em Plenário.
O Plenário aprovou, nesta terça-feira, o substitutivo do deputado José Rocha (PR-BA) ao Projeto de Lei 5186/05, do Executivo, que define novas regras de relacionamento profissional entre atletas e entidades desportivas e aumenta o repasse de recursos para os clubes formadores de atletas, tanto das modalidades olímpicas quanto do futebol. Devido à sessão do Congresso, iniciada às 19 horas para analisar vetos do Executivo ao Orçamento de 2010, os destaques apresentados ao projeto só serão votados nesta quarta-feira (10).
O substitutivo muda a Lei Pelé (9.615/98) e determina que até 5% do valores pagos pelos clubes compradores nas transferências nacionais de jogadores de futebol, definitivas ou temporárias, sejam distribuídos aos clubes formadores.
Os clubes que ajudaram na formação do atleta dos 14 aos 17 anos de idade terão 1% do valor da transferência para cada ano de investimento no desportista dentro desse período. Aqueles que formaram os jogadores entre os 18 e os 19 anos terão 0,5% por ano.
Atletas olímpicosNo caso dos clubes formadores de atletas olímpicos, o aumento de recursos é garantido pelo repasse de parte do dinheiro de loterias federais atualmente destinado ao Ministério dos Esportes.
Os clubes terão de aplicar o dinheiro em programas de desenvolvimento e manutenção do desporto, de formação de recursos humanos, de preparação técnica e manutenção e transporte de atletas.
Na versão inicial, o dinheiro sairia da parte que cabe aos comitês Olímpico (COB) e Paraolímpico (CPB) brasileiros. Pelo texto aprovado, essas entidades mantêm 85% e 15%, respectivamente, do total de recursos de loterias federais a que hoje têm direito.
O COB e o CPB deverão destinar 10% desses recursos ao desporto escolar e 5% ao desporto universitário.
Direito de arena: O texto também garante o chamado direito de arena aos clubes desportivos e disciplina a captação de imagens pelas emissoras que não têm o direito de transmissão do espetáculo, cujo uso deverá ser para fins jornalísticos, educativos ou desportivos. O direito de arena é a prerrogativa de negociar a transmissão dos jogos.
De acordo com o substitutivo, a duração das imagens de flagrante deverá ser de, no máximo, 90 segundos, e será proibida sua associação com qualquer forma de patrocínio, propaganda ou promoção comercial.
Indenizações: O substitutivo determina ainda que os contratos de jogadores de futebol prevejam indenizações para o atleta e para o clube. Os valores serão pactuados livremente, mas com limites.
Se o jogador se transferir para outro clube brasileiro durante a vigência do contrato especial de trabalho ou se ele retornar à atividade em outro clube nacional no prazo de 30 meses, a indenização paga por ele será de até 2 mil vezes o valor médio do salário. Para as transferências internacionais, não haverá limite.
J
á o clube deverá pagar, ao jogador, compensação caso o contrato seja rescindido por falta de salário, por dispensa imotivada do atleta ou devido a outras hipóteses previstas na legislação trabalhista.
Essa compensação será de, no mínimo, o total de salários mensais a que o atleta teria direito até o término do contrato. E, no máximo, de 400 vezes o salário mensal.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

CLEBER VERDE PEDE URGÊNCIA NA VOTAÇÃO DA PEC 300



Em reunião com Temer e Líderes, Cleber Verde pediu urgência na votação da PEC 300, que estabelece piso igual para os militares e bombeiros de todo o Brasil. Cleber Verde pediu prioridade na votação da PEC 300 (que reajusta salários dos militares e bombeiros) no Colégio de Líderes.

Líder do PRB quer prioridade para direitos dos aposentados



Líder do PRB quer prioridade para direitos dos aposentados
Cleber Verde defende a votação de projetos como o que extingue o fator previdenciário.
O líder do PRB, deputado Cleber Verde (MA), disse em entrevista à Agência Câmara que os projetos da área social são a prioridade neste ano do partido, que possui oito deputados federais. O deputado, que coordena a Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados e Pensionistas e também a Frente em Defesa dos Garimpeiros, afirmou que o PRB priorizará os direitos desses brasileiros.

A votação dos projetos do pré-sal também receberá atenção do partido, que defende a divisão igualitária entre os estados dos recursos resultantes da exploração do petróleo.

Por outro lado, Cleber Verde afirma que a reforma política deverá ser feita a partir do próximo ano, já que em 2010 não haverá tempo em razão das eleições. O que a Câmara poderá votar, disse, é o Projeto de Lei Complementar 518/09, que institui a chamada "ficha limpa" obrigatória para os candidatos nas eleições.
Cleber Verde, de 37 anos, está em seu primeiro mandato na Câmara e foi reconduzido à liderança do partido neste ano. Ele é professor de Matemática e servidor do INSS e também já trabalhou como feirante.
Leia abaixo a entrevista com o deputado:
Agência Câmara - Quais são as prioridades do partido para votação neste semestre?
Cleber Verde - Nós pretendemos priorizar os projetos voltados aos direitos dos aposentados, principalmente no que diz respeito ao fim do fator previdenciário, que tem prejudicado muito os trabalhadores. O PRB também tem alguns projetos individuais dos parlamentares, especialmente na área da pesca. Pretendemos colocar como prioridade o social, as políticas sociais voltadas para o trabalhador, o pescador, o lavrador, os aposentados e os garimpeiros.
Agência Câmara - Qual a expectativa de votação dos projetos do pré-sal?
Cleber Verde - Nós precisamos aprovar um projeto que garanta uma isonomia de repasse [de royalties da exploração de petróleo]. A gente está avaliando com muito cuidado, discutindo com a base. Não temos nenhuma posição fechada de partido, mas pretendemos discutir com mais profundidade.
Agência Câmara - O que esperar dos trabalhos da Câmara em ano de eleição?
Cleber Verde - Dentre as pautas da Câmara, vamos priorizar aquilo que a sociedade espera de nós. Entendo que é fundamental discutir com profundidade a ficha limpa. O pré-sal deve sair da pauta em março. Vamos priorizar os temas nacionais, de repercussão, que sejam voltados principalmente para a ética, a moralidade.
Agência Câmara - O PRB acredita na possibilidade de uma reforma política ampla neste ano? Ou as modificações vão se concentrar no projeto da ficha limpa?
Cleber Verde - Eu acredito que se resuma a esse projeto em ano de eleição. E seria prematuro, até precipitado, discutir uma reforma política ampla sem a participação da sociedade. Precisamos primeiro instituir uma discussão com a sociedade, para que nós encontremos uma política que atenda aos anseios sociais. Os parlamentares que assumirem em 2011 terão a prerrogativa de fazer esse processo. O que nós precisamos fazer neste ano é amarrar essa reforma política para que ela ocorra em 2011. Além disso, acredito que ainda neste ano precisamos também discutir o relatório da reforma tributária, que está aí há algum tempo. Acredito que é possível discuti-lo e chegar a votar.
Reportagem – Noéli Nobre Edição – Pierre Triboli
Agência Câmara de Notícias