quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DISCURSO DO DEP. CLEBER VERDE EM PLENÁRIO CONTRA A PEC DOS CARTÓRIOS - PEC 471/2005


DISCURSO EM 25/02/2010 às 10h 18min


O SR. CLEBER VERDE (Bloco/PRB-MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, volta à pauta desta Casa a PEC nº 471. Só o fato de ela ter sido pautada, já causa uma instabilidade jurídica. Em Santa Catarina, por exemplo, foi expedida uma liminar suspendendo a posse de metade dos concursados, porque a outra metade já tinha assumido os cargos, ou seja, já tinham tomado conta do seus cartórios. Portanto, foi suspensa a posse dos demais que ainda não tinham tomadoposse em Santa Catarina.Eu pergunto a V.Exa., Presidente, e aos demais Parlamentares, no Maranhão, por exemplo, com a aprovação dessa PEC como ficará a situação de quase 200 concursados que assumiram os cartórios? Certamente, a aprovação dessaPEC poderá criar uma instabilidade jurídica jamais vista neste País, inclusive com pedidos de indenização, pois muitos dos que tomaram posses nos cartórios deixaram seus cargos de juiz, entre outros. Portanto, a PEC causa uma instabilidade jurídica e isso vai ser ruim para esta Casa.Muito obrigado, Sr. Presidente.

POR SUGESTÃO DO DEP. CLEBER VERDE (IND 3783/2009) PODER EXECUTIVO ENCAMINHOU AO CONGRESSO PLP SOBRE APOSENTADORIA ESPECIAL PARA SERVIDORES PÚBLICOS




A Aposentadoria Especial aos trabalhadores – servidores públicos efetivos ou estáveis - que exercem suas atividades sob condições que prejudiquem a saúde ou integridade física é direito assegurado pela Constituição da República Federativa do Brasil (art. 40, incisos I, II e III, do parágrafo 4º da CRFB/88).

Passados mais de 20 anos da promulgação da Constituição Federal - que previu essa aposentadoria especial aos servidores públicos – inexistia Projeto de Lei Complementar que regulamentasse a matéria, até que em 2009, apresentamos a Indicação ao Poder Executivo – Indicação n.º 3783/2009 - sugerindo à Presidência da República o envio ao Congresso nacional de Projeto de Lei Complementar de sua competência exclusiva, criando a aposentadoria especial para os servidores públicos que trabalham expostos aos fatores de risco.

Em 22/02/2020, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional, Mensagem 64/2010, que originou o PLP 555/2010, que assegura o direito a aposentadoria especial aos servidores públicos que exercem suas funções em atividade de risco à saúde ou à integridade física, e assim sendo, mais uma vez atuamos em defesa dos direitos dos aposentados, dos trabalhadores, dos servidores públicos, que tem o direito a aposentadoria especial, e que ainda não estava regulamentada em razão da matéria de competência exclusiva da Presidência da República para envio ao Congresso nacional.

Os servidores públicos, até a data de hoje e até que este PLP seja aprovado, continuam se utilizando do instrumento processual denominado Mandado de Injunção junto ao Supremo Tribunal Federal, por falta de legislação pertinente, que está prevista na Constituição desde 1988, quando da promulgação.

A regulamentação desta situação dos servidores públicos se faz necessária, e sentimo-nos honrados por ter encaminhado ao Poder Executivo a Indicação 3783/2009, que certamente contribuiu para que a Presidência da República encaminhasse ao Congresso PLP 555/2010. Devemos imprimir todos os esforços para aprovação deste PLP, bem como do PLP 554/2010, também do poder Executivo, que assegura a aposentadoria especial aos policiais, e aos profissionais que trabalham com segurança pública, seja em penitenciárias, escolta e controle prisional.
COMENTÁRIO ASSESSORIA JURÍDICA DEP CLEBER VERDE: De fato o texto do PLP encaminhado pelo Executivo necessita alterações importantes para que, quando convertido em Lei, possa atender às necessidades de milhões de servidores que desde 1988 tem este direito, mas nunca foi regulamentado. O Dep. Cleber Verde não medirá esforços para obter texto de Lei adequado e justo. Suas opiniões e comentários são muito importantes para o nosso trabalho. Gratos
Veja Íntegra 3783/2009 - indicação do Dep. Cleber Verde ao executivo
Veja íntegra PLP 555/2010 - Projeto que regulamenta a aposentadoria

Plenário aprova fundo social com emenda que beneficia aposentados



Plenário aprova fundo social com emenda que beneficia aposentados

Texto aprovado reserva 5% dos recursos de combate à pobreza previstos no fundo para recompor as perdas das aposentadorias superiores a um salário mínimo. O texto também assegura aos municípios com menor IDH prioridade nos projetos para redução de desigualdades regionais com recursos do fundo.

O deputado Antonio Palocci (PT-SP) foi o relator do texto aprovado pelo Plenário da Câmara.
A Câmara concluiu, nesta quarta-feira, a votação do substitutivo ao Projeto de Lei 5940/09, que cria um fundo social com parte dos recursos da exploração do petróleo do pré-salO termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas no fundo do mar com potencial para a geração e acúmulo de petróleo localizadas abaixo de uma extensa camada de sal. Os reservatórios brasileiros nessa camada estão a aproximadamente 7 mil metros de profundidade, em uma faixa que se estende por cerca de 800 km entre o Espírito Santo e Santa Catarina. para aplicar em programas de combate à pobreza, de enfrentamento das mudanças climáticas e de desenvolvimento da educação, cultura, saúde pública e ciência e tecnologia. A matéria ainda será votada pelo Senado.
A emenda mais polêmica aprovada reserva 5% dos recursos de combate à pobreza previstos no fundo para recompor as perdas das aposentadorias superiores a um salário mínimo. Isso porque o índice de correção aplicado pela Previdência Social reduz o valor inicial dos benefícios, quando expressos em número de mínimos.
De autoria do deputado Márcio França (PSB-SP), a emenda provocou grande dissidência na base governista, que votou juntamente com a oposição para aprovar o texto e derrotar uma versão alternativa apresentada pelo PT e pelo PMDB. A emenda derrotada previa apenas que os 5% seriam destinados aos segurados da Previdência, sem especificar qual uso deveria ser dado ao dinheiro.
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), adiantou que o Executivo não tem nenhum compromisso com a emenda de Márcio França. Já para o líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), a emenda rejeitada pretendia "enganar os aposentados".
O projeto tramitou apensado ao PL 5417/09, do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), que cria um fundo semelhante e define percentuais dos recursos que seriam destinados ao novo fundo.
MunicípiosO Plenário aprovou mais duas emendas ao substitutivo do deputado Antonio Palocci (PT-SP). Uma delas, do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), garante a participação de um representante dos municípios no Conselho Deliberativo do Fundo Social.
A outra, do deputado Júlio Cesar (DEM-PI), melhora o texto para deixar mais claro que os municípios com Índices de Desenvolvimento Humano (IDHÍndice calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) que mede o nível de desenvolvimento humano de países e localidades considerando três aspectos: 1) a longevidade, medida pela expectativa de vida da população ao nascer; 2) o acesso ao conhecimento, que utiliza a taxa de alfabetização dos habitantes com 15 anos ou mais e o percentual de matrículas nos três níveis de ensino; e 3) a renda, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto) dividido pelo número de habitantes e ajustado ao poder de compra do dólar em cada país. O índice varia de 0 a 1. Quanto maior o número, mais elevada é a qualidade de vida no país. O IDH até 0,499 expressa baixo desenvolvimento humano. Índices entre 0,5 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano. IDH superior a 0,8 indica desenvolvimento humano alto.) abaixo da média nacional terão prioridade nos projetos para redução de desigualdades regionais com recursos do fundo.
Royalties atuaisUma novidade no texto aprovado, em relação ao projeto original, é o direcionamento ao fundo de todos os recursos da União vindos de royalties e de participação especial relativos aos blocos do pré-salO termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas no fundo do mar com potencial para a geração e acúmulo de petróleo localizadas abaixo de uma extensa camada de sal. Os reservatórios brasileiros nessa camada estão a aproximadamente 7 mil metros de profundidade, em uma faixa que se estende por cerca de 800 km entre o Espírito Santo e Santa Catarina. licitados até 31 de dezembro de 2009.
Cerca de 28% da área do pré-sal já foram licitados de acordo com as regras vigentes, de concessão das áreas. Estima-se que somente os campos de Tupi, Iara e Parque das Baleias podem ter um total de 14 bilhões de barris. Se esse montante fosse completamente usado hoje, a União receberia cerca de R$ 160 bilhões em royaltiesValor pago ao detentor de uma marca, patente, processo de produção, produto ou obra original pelos direitos de sua exploração comercial. Os detentores recebem porcentagens das vendas dos produtos produzidos com o concurso de suas marcas ou dos lucros obtidos com essas operações. No caso do petróleo e do gás, trata-se de compensação financeira paga aos estados e municípios pela exploração desses produtos em depósitos localizados em terra ou na plataforma continental. e participação especial.
Segundo o relator, essa fonte de recursos é necessária para viabilizar o funcionamento do fundo. "Senão, ele levaria muitos anos para ser capitalizado", afirmou.
BônusAlém dos royaltiesValor pago ao detentor de uma marca, patente, processo de produção, produto ou obra original pelos direitos de sua exploração comercial. Os detentores recebem porcentagens das vendas dos produtos produzidos com o concurso de suas marcas ou dos lucros obtidos com essas operações. No caso do petróleo e do gás, trata-se de compensação financeira paga aos estados e municípios pela exploração desses produtos em depósitos localizados em terra ou na plataforma continental.A lei aplicada hoje (9478/97) determina que a parcela do valor do royalty que exceder a 5% da produção seja distribuída da seguinte forma: - quando a lavra ocorrer em terra ou em lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres: . 52,5% aos estados onde ocorrer a produção; . 15% aos municípios onde ocorrer a produção; . 7,5% aos municípios que sejam afetados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural; e . 25% ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados às indústrias do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis; e - quando a lavra ocorrer na plataforma continental: . 22,5% aos estados produtores; . 22,5% aos municípios produtores confrontantes; . 15% à Marinha, para atender aos encargos de fiscalização e proteção das áreas de produção; . 7,5% aos municípios que sejam afetados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural; . 7,5% para constituição de um fundo especial, distribuído entre todos os estados e municípios; . 25% ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à pesquisa científica aplicada às indústrias do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. Participação especial Nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade, está previsto o pagamento de uma participação especial, aplicada sobre a receita bruta da produção. Nessas situações, a distribuição é de: - 40% ao Ministério de Minas e Energia; - 10% ao Ministério do Meio Ambiente; - 40% para o estado onde ocorrer a produção em terra, ou fronteiriço com a plataforma continental onde se realizar a produção; e - 10% para o município onde ocorrer a produção em terra, ou que faça fronteira com a plataforma continental onde se realizar a produção. de pré-sal já licitados, o projeto destina ao fundo social parcelas dos royalties ganhos pela União com base no novo regime de partilha para a exploração do pré-sal, na forma de regulamento futuro.
O chamado bônus de assinatura, um valor único pago pelo vencedor da licitação no momento em que firma o contrato de exploração, também poderá ser direcionado, em parte, ao fundo. Outra fonte de recursos é a receita conseguida com a venda do petróleo que caberá à União no regime de partilha. Como o nome indica, nessa nova sistemática parte da produção será repartida entre a União e a contratada.


Reportagem – Eduardo Piovesan Edição – João Pitella Junior

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

CLEBER VERDE FALA SOBRE OS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO LULA NA TRIBUNA



O SR. CLEBER VERDE (Bloco/PRB-MA. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar V.Exa. e todos os Srs. Deputados e para cumprimentar o PT pelo IV Congresso realizado nesse finalde semana. Tive a oportunidade de estar presente naquele congresso, representando o Presidente do meu partido, o PRB, Vitor Paulo. Junto conoscotambém estavam as representações do PDT, do PSB, do PcdoB e segmentos de Parlamentares e aliados do PT de todo o Brasil. Naquela oportunidade, Sr. Presidente, tivemos a felicidade de ver olançamento da candidatura da Ministra Dilma Rousseff. Tenho certeza de que, coma sua eleição, teremos a continuidade de um programa de Governo que tem trazidobenefícios inúmeros para o nosso País, dentre os quais posso destacar a questãodo social.
Não podemos deixar de cumprimentar o Presidente Lula — e este Governo, portanto — pelos avanços na área social, pela diminuição da desigualdade de rendaem nosso País, com a criação de programas assistenciais, sociais, que vêmatendendo principalmente a Região Nordeste, de onde sou oriundo, que vêmajudando muito a diminuir a desigualdade neste País.
Dentre esses programas sociais, destaco o que considero o maior programade renda mínima do País, que é a aposentadoria rural de lavradores e pescadores, que vem sendo mantida por esse Governo. Há uma perspectiva de manutenção dele. Tenho certeza de que a nossa futura Presidenta da República — a primeira mulher Presidente do Brasil, com o apoio de todos nós — irá conduzir acontinuidade desse programa tão importante para o Brasil e para a Região Nordeste,de forma específica. Por exemplo, quanto aos lavradores e pescadores, é garantidaa aposentadoria — mulheres aos 55, homens aos 60 anos — apenas comprovando suas atividades.
Da mesma forma, Sr. Presidente, os programas sociais, como o amparo daLei Orgânica da Assistência Social, que garante ao idoso e ao deficiente umaaposentadoria de um salário mínimo, os benefícios do Bolsa Família, enfim, os programas sociais de modo geral. Veja o aumento considerável do salário mínimoao longo desses anos.
Contudo, entendemos que muito ainda precisa ser feito. Então, venho a esta tribuna primeiramente parabenizar o PT, pelo seu programa, pela evolução, pelacondução dos programas sociais, pela redução da desigualdade de renda do nossoPaís.
Sr. Presidente, pude testemunhar que V.Exa. estava lá no Congresso, nessefinal de semana, quando o PT lançou a Ministra Dilma como candidata à Presidênciada República. Tenho certeza de que o PT há de reconhecer que precisamos, dealguma forma, atender aos anseios principalmente dos nossos aposentados.
Houve muitos avanços, mas, no tocante aos aposentados e pensionistas doRegime Geral, aqueles que contribuíram para ganhar mais precisam ser mais bemassistidos por este Governo. Quero fazer um apelo ao Presidente Lula, à equipe deGoverno, àquela que certamente está preparando-se para essa campanha, que vaiassumir a próxima gestão, pós-Lula, para assumir um compromisso com osaposentados.
Temos a chance agora, por exemplo, de votar uma medida provisória com algumas emendas para garantir que o mesmo reajuste a ser dado ao mínimo seja dado a quem ganha acima do mínimo. Quanto à política permanente de correção,temos de atender aos aposentados, garantindo-lhes uma renda que possa manter oseu poder de compra.
É o apelo a este Governo para que neste ano, ainda neste semestre,possamos fazer valer aquilo que vem sendo uma luta dos aposentados nesta Casa.Nós nos somamos a esta luta e queremos ver esse direito reconhecido. Há noGoverno Lula uma dificuldade em atender a esses anseios. Esperamos que nesteano, no início desta Legislatura, esta Casa aprove matérias relevantes aosinteresses dos aposentados. Esta é uma grande chance de poder ter mais essesegmento da sociedade — que são os aposentados e pensionistas do RegimeGeral, que ganham acima do mínimo — a favor deste Governo.
Tenho certeza de que a Ministra Dilma vai poder contribuir, e muito, ainda como Ministra, no sentido de articular com este Governo a atenção aos aposentadose a garantia de que possamos aprovar nesta Casa aquilo que queremos: a revisãodos benefícios dos nossos aposentados e pensionistas, daqueles que ganham acima do mínimo, garantindo obviamente o seu poder de compra.
Tenho certeza de que, com o PT, ainda este ano, poderemos ver consolidada a garantia de direitos tão importantes a esse segmento da sociedade que estáexcluído. Certamente vamos poder garantir esses benefícios a aposentados e pensionistas de todo o País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.